Italianos só podem cruzar a fronteira para trabalhar

No momento é proibido para os moradores do cantão de Ticino, viajar para o norte da Itália. Apenas pessoas que trabalham do outro lado da fronteira podem sair do país.

Foi um fim de semana turbulento no sul da Suíça. Ainda no domingo pela manhã, a administração do município solicitou ao Conselho de Estado uma reunião extraordinária. A equipe de gerenciamento – uma rede de policiais, bombeiros e defesa civil – é acionada provisoriamente em casos de emergência pública ou conflito armado.

Na verdade, tratava-se de uma emergência no domingo de manhã. O governo italiano havia proibido da noite para o dia que residentes da Lombardia e áreas vizinhas de atravessarem a fronteira. 16 milhões de pessoas deveriam ficar onde estavam. Tudo parou. O que isso significa para a Suíça? Em particular o cantão de Ticino, onde cerca de 30% dos trabalhadores viajam da Itália para a Suíça todos os dias? Cerca de 68.000 pessoas moram na Itália e trabalham no pais vizinho, dos quais mais de 4.000 no setor de saúde, que entraria em colapso se a fronteira fosse fechada.

No meio da reunião, foram recebidas informações de que as autoridades italianas continuariam a permitir o trânsito de trabalhadores, disse o chefe de segurança Norman Gobbi. Naquela mesma noite, o governo italiano deu a impressão de querer isolar completamente as áreas no norte da Itália. As autoridades fecharam as fronteiras entre Ticino e Lombardia na manhã de domingo, mas reabriram pouco depois.

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