Desorganização contra o terrorismo de direita

A Suíça não está adequadamente equipada para lidar com extremistas de direita.

O terrorismo em geral não é associado apenas aos jihadistas, mas cada vez mais aos neonazistas, que se reagrupam na Europa. As autoridades de segurança do país estão cientes do problema, mas afirmam que os políticos ainda não entenderam completamente a “seriedade da situação”.

Quando o Serviço de inteligência Nacional da Suíça foi criado, o Parlamento deixou bem claro que os grupos extremistas tanto de esquerda como de direita, não seriam os alvos principais. O órgão que por aqui tem a sigla (NDB) – que passou pela aprovação do Tribunal Administrativo Federal – só pode usar escutas telefonicas, infiltrar computadores e vigiar estabelecimentos caso se trate de grupos islâmicos radicais.

Na próxima revisão das diretrizes que compõe o Serviço de Inteligência Suíço, seria desejável a introdução de medidas que averiguassem a situação de extremistas violentos, seja qual for a natureza. Essa preocupação legítima encontrará oposição da esquerda, famosa por se opor a tudo que o governo propõe.

Mas não se trata apenas de prevenir o terrorismo. No que diz respeito à repressão, os crimes de ódio, como por exemplo contra homossexuais ou negros, devem no futuro ser punidos com mais severidade do que os crimes “normais”, onde o motivo é a ganância por dinheiro. Assim que é feito nos Estados Unidos. A Suíça poderia usar isso como exemplo, dessa maneira protegeria melhor as minorias ameaçadas pelos grupos neonazistas.

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