Ajuda de bilhões para os bancos na Suíça

O pacote do governo suíço de 40 bilhões de dólares está sendo preparado como uma injeção de liquidez para as empresas – dada a perspectiva econômica negativa.

O fornecimento de crédito bancário está em andamento. Na quinta-feira (9), somente o UBS sozinho concedeu empréstimos superiores a 2,2 bilhões de francos suíços à empresas que sofrem danos por causa do lockdown e consequentemente, o desligamento momentâneo da economia. A certeza de que você possui um fundo financeiro adicional reforça a confiança no empresário e pode evitar a perda total do negócio.

O rápido processamento dos empréstimos causou sensação internacional. O jornal britânico “Financial Times” elogiou o “esquema suíço”. Embora a ajuda financeira em outros países tenha sido sufocada pela burocracia estatal, o programa suíço pôde ser lançado muito rapidamente, graças ao estreito vínculo económico-governamental. O programa foi idealizado e desenvolvido por Thomas Gottstein, o novo CEO do Credit Suisse.

A crise como oportunidade

Os bancos veem na pandemia atual a oportunidade histórica de melhorar suas imagem manchadas. Após a crise financeira, os bancos haviam investido muito e fortalecido o capital para que eles “fizessem parte da solução hoje”, disse Sergio Ermotti, o ex-diretor do banco UBS. É importante que os bancos se apresentem como solidários. Isso é demonstrado atualmente pelo fato de que o UBS e o Credit Suisse estariam dispostos a doar os lucros dessas transações. O UBS não quer ganhar nada com essa “iniciativa”, diz uma porta-voz. Saldos positivos das tais transações de empréstimos, seriam colocados em fundos de ajuda para vários projetos na Suíça.

Tudo isso parece muito bom, mas como as transações poderiam ser verificadas? Um porta-voz do Credit Suisse diz que “Ao medir qualquer lucro, a empresa consideraria as receita com juros, custos de risco, despesas com pessoal e quaisquer inadimplências de empréstimos, entre outras coisas”. Mas é improvável que os bancos forneçam números precisos. Para tornar o balanço visível para o público, os bancos teriam que publicar uma fatura divisional oficial listando os itens individuais.

Mas não haverá esse cálculo. Uma porta-voz do UBS disse: “Não há como declarar isso separadamente. Os lucros são contabilizados como provisões e verificados pelo nosso auditor como parte da auditoria normal. » A renda do empréstimo de 40 bilhões de dólares não é nada pequeno. Especialistas do setor estimam que a receita de juros esteja entre 300 e 500 milhões de francos suíços por ano. Entre 1,5 bilhão e 2,5 bilhões de francos suíços serão levantados num período de cinco anos. Tudo para projetos sociais? Sério?

Os bancos serão beneficiados pela crise

Já está claro que os bancos serão os grandes vencedores na crise que vivemos. Embora devam sofrer pequenas baixas, desta vez a crise não afetará suas estruturas. Os especialistas da Secretaria Estadual de Economia (Seco) também chegaram a essa conclusão. Nesta semana, eles divulgaram uma estudo que mostra que no pior cenário, haveria uma recessão econômica que geraria até 10% de desempregos no pais.

Apesar dos chamados “efeitos de segunda ordem” como desemprego em massa e falências corporativas generalizadas, não haverá uma “crise financeira” na qual “problemas de financiamento com grandes bancos e um congelamento no mercado de capitais seriam esperados”, diz a Seco em comunicado.

Como isso é possível? Isso se deve em grande parte ao apoio do governo federal, com seus empréstimos e como eles funcionam. Na maioria dos casos, as empresas podem exceder esses limites. Dependendo do tamanho da empresa, o limite pode ser excedido em 5000, 10 000 ou 50 000 francos.

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