Boris Johnson, premiê britânico, detalhou na última segunda como serão os primeiros passos da saída gradual do lockdown imposto na Inglaterra para conter o avanço do coronavírus. As diretrizes devem serrvir como base para os demais países do Reino Unido.
As escolas deverão reabrir a partir de 8 de março e, no fim do mês, serão permitidos encontros entre amigos e familiares. Tais liberações se dão por conta na queda de 81% dos casos de Covid-19, auxiliada por uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo.
O bloqueio foi decretado por Boris em 4 de janeiro. À época, a média móvel de casos diários beirava os 55 mil. Cinco dias depois, bateu os 59 mil. Posteriormente, iniciou-se a queda. No último sábado, estava em 11.200, segundo dados mais recentes compilados pela Universidade Johns Hopkins.
O roteiro proposto por Boris tem quatro estágios, com intervalos de cinco semanas entre eles. A etapa final, quando quase todas as restrições estarão suspensas, deve começar, no mínimo, em 21 de junho.
Boris tem enfrentado dupla pressão no processo de reabertura. De um lado, colegas do Partido Conservador insistem em uma retomada da economia para recuperar a perda estimada em US$ 3 trilhões (R$ 16,5 tri), a pior do país em 300 anos. De outro, a comunidade científica teme novas ondas de contaminação por coronavírus se o fim do lockdown for acelerado demais.
