Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia, pediu à Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) que acelere a adesão de seu país. O objetivo é dar um sinal à Rússia. Recentemente, Moscou protestou em um contexto de crescente tensão com o país vizinho.
A adesão ucraniana à Aliança Atlântica é uma provovação ao Kremlin há muito tempo.
Zelenski prometeu avançar em mudanças necessárias dentro do Exército para se unir à Otan. Mas avisou que somente reformas não deterão a Rússia. Por sua vez, o Kremlin adverte que tal manobra pode agravar o conflito entre tropas ucranianas e rebeldes separatistas apoiados pela Rússia.
— Duvidamos muito de que isso possa ajudar a Ucrânia a resolver seu problema interno. Do nosso ponto de vista, isso vai piorar ainda mais a situação – alertou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
A escalada militar russa na Ucrânia aumenta a preocupação. Porém, um representante da Otan, sob anonimato, reduziu as expectativas de uma adesão rápida da Ucrânia.
O apelo do presidente ucraniano ocorre em momento de plena tensão entre Kiev e Moscou. Na semana passada, a Ucrânia acusou a Rússia de concentrar milhares de tropas em suas fronteiras norte e leste, assim como na Península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
Em contrapartida, o governo russo não negou os recentes movimentos, mas afirmou que não há ameaça a ninguém. Diplomatas temem pela retomada de um conflito, que se iniciou sete anos atrás.