Raiffeisen recusa abrir conta para comissão reacionária

O Comitê-do-Não, que é contrário ao “Casamento para Todos” teve o pedido para a abertura de uma conta empresarial junto ao banco Raiffeisen negado. Agora, o comité entrou com uma ação criminal contra o banco por violação das normal anti-racismo do código penal suíço.

O comitê retrógrado que defende o “Não ao casamento para todos” fez um comunicado na manhã da última sexta-feira (9) dizendo que “Vários bancos se recusaram a abrir uma conta para a associação patrocinadora do grupo sem apresentar nenhum motivo. Por causa disso, os patrocinadores da comissão que deseja derrubar uma lei já aprovada, o casamento de pessoas do mesmo sexo, apresentou uma denúncia contra o banco Raiffeisen. Porque este, poderia estar violando o código penal suíço Art.261, que diz respeito as normas anti-racistas ou discriminatórias.

Ao longo das várias tentativas, por vezes, as recusas foram feitas sem a apresentação de qualquer motivo. O comité anacrônico apartidário acredita que se trata de uma forma de discriminação. Com a denúncia criminal, o banco deve agora ser obrigado a apresentar suas reais razões e motivos de forma pública. Um porta-voz do banco Raiffeisen disse que “Em casos individuais, a decisão final de abrir ou encerrar uma relação comercial, cabe de forma unilateral e independente ao banco Raiffeisen.” Em outras palavras> é o banco que decide se vocês vão se tornar parceiros ou não.

Direitos iguais?

Ainda não esta claro se o terceiro maior banco suíço temia por represarias ou previa as consequências por parte de manifestações populares ao estabelecer uma relação comercial com congregações conservadoras. Os patrocinadores por trás do comitê regressista reclamam que a recusa por parte dos funcionários do Raiffeisen baseava-se em um “risco à reputação”. Isso, sem explicar mais detalhes. O grupo que teve seus pedidos negados, também ressalta que o banco mantêm contas para várias associações LGBT. Parece que as pessoas estão, por fim, tomando partido.

“Não haveria objeções a isso se esses bancos concedessem os mesmos direitos a uma associação que faz campanha contra o ‘casamento para todos’. Cômico é observar como o grupo que busca a anulação de uma lei nacional que protege casamentos do mesmo sexo (portanto pregando a intolerância e ferindo a liberdade individual) ser tratado de maneira separatista, individual e não justa. Quase que carma instantâneo.

Os patrocinadores do Comitê-do-Não alegam que com a negação desses mesmos direitos, o princípio de tratamento igual ou direitos iguais é essencialmente violado. ” Portanto, uma denúncia criminal é inevitável.

– Então o que dizer do grupo que tenta revogar direitos concebidos a classes minoritárias por meio de uma ação judicial que tem como único objetivo dizer ao próximo com quem ele deve se casar ou não, assim, retirando sua liberdade e o colocando a margem da sociedade. A diferença é a forma de utilização do sistema. O banco foi categórico. Ele possui suas diretrizes e engajamento social. Os tradicionalistas-reacionários utilizam do referendo (uma arma publica) para tentar resgatar o século XX e suas sandices.

Correio informa:

Relações homossexuais são legais na Suíça desde 1942. Desde 2007 é possível registrar parcerias-estáveis homossexuais (Lei de Parceria). O casamento entre pessoas do mesmo sexo é regulamentado por lei desde dezembro de 2020, mas sua implementação ainda está sujeita a referendo.

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