Com o avanço da ômicron, países e cidades europeias anunciaram a volta de restrições. A Comissão Europeia prevê que tal variante causadora da Covid-19 é mais contagiosa em relação às anteriores e será dominante até meados de janeiro.
No Reino Unido, foram 12 infectados a morrer e 104 hospitalizados. O vice-premiê britânico, Dominic Raab fez o anúncio dos dados na última segunda-feira. Governantes europeus destacaram a urgência de se acelerar a vacinação. O continente tem 67% da população com duas doses tomadas. Alguns países, no entanto, estão atradados. Dos 27 membros da União Europeia, Bulgária, Romênia e Eslováquia preocupam por estarem ainda abaixo dos 50%
O Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC na sigla em inglês) advertiu que a vacinação não é suficiente para frear as transmissões e defendeu o retorno de medidas como o teletrabalho, o uso de máscara e a limitação da capacidade em espaços públicos.
A Holanda iniciou um novo lockdown no domingo passado (19) para conter a disseminação da ômicron. Além disso, será permitido um número máximo de dois visitantes em cada residência por dia, com exceção do período de 24 a 26 de dezembro e da noite de Réveillon.
Na França, o governo anunciou começou a vacinar crianças de 5 a 11 na última quarta.
O governo inglês, por sua vez, impôs uma nova exigência para o uso de máscaras em ambientes fechados e ordenou que as pessoas apresentassem prova de vacinação ou um recente teste de coronavírus negativo para entrarem em boates e grandes eventos. Shopping, catedrais e estádios de futebol no país foram convertidos em centros de vacinação em massa.
Já a Dinamarca fechou teatros, salas de concerto, parques de diversões e museus. A Irlanda, por sua vez, impôs um toque de recolher às 20h em pubs e bares, além da participação limitada em eventos internos e externos.
Na Alemanha, o ministro da saúde do país, Karl Lauterbach, descartou, neste domingo, decretar medidas de isolamento social no Natal, mas alertou que a quinta onda de Covid-19 não pode mais ser interrompida e defendeu a vacinação obrigatória como a única maneira de parar a pandemia.
A Alemanha proibiu pessoas não vacinadas de entrar em estabelecimentos não essenciais no início do mês, na tentativa de controlar o aumento de casos em meio à disseminação da ômicron. Quase 70% da população está totalmente vacinada contra o vírus, segundo dados de 17 de dezembro.
Já na Itália, devido à alta recente dos casos, o governo de Mario Draghi reforçou as restrições para não vacinados, que agora não podem mais entrar em locais como eventos esportivos, shows, festas e áreas cobertas de bares e restaurantes. Além disso, um certificado sanitário para imunizados, curados ou testados é exigido em todos os locais de trabalho. A dose de reforço da vacina contra Covid também já está disponível para todos os adultos, assim como a imunização de crianças entre cinco e 11 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, em resumo técnico publicado na última sexta que a ômicron já foi detectada em 89 países. Os casos de Covid-19 da nova variante estão dobrando a cada 1,5 a 3 dias em locais com transmissão local na comunidade. Segundo o documento, as principais questões sobre a nova cepa permanecem sem resposta, incluindo a gravidade da doença provocada por ela e se as vacinas existentes conferem proteção.
A nova cepa foi classificada como “preocupante” pela entidade. A decisão foi baseada na evidência científica de que a variante tem muitas mutações que influenciam no comportamento do vírus. Além de vacinação completa e de reforço, quando oferecido, a orientação para evitar infecções continua a mesma para todas as variantes: manter distanciamento, lavar as mãos, usar máscara de forma adequada (cobrindo nariz e boca) e evitar lugares fechados ou com aglomeração.