Desde o início da invasão russa, no dia 24 de fevereiro, mais de 6,5 milhões de pessoas já deixaram suas casas na Ucrânia. Tal estimativa foi anunciada pela agência de migração da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira. Além disso, ao menos 3,2 milhões de refugiados abandonaram o país em direção a nações vizinhas.
Para piorar, o fornecimento de alimentos na Ucrânia vive situação muito complicada.
— A cadeia de abastecimento alimentar do país está desmoronando. Os movimentos de mercadorias desaceleraram devido à insegurança e à relutância dos motoristas – disse Jakob Kern, coordenador de emergências do Programa Mundial de Alimentos da ONU para a crise na Ucrânia, em uma entrevista coletiva em Genebra por videolink da Polônia.
Ele ainda expressou a preocupação com as cidades cercadas pelo exército russo, exemplo da portuária Mariupol, dizendo que os suprimentos de comida e água estavam acabando e que seus comboios não conseguiram entrar na cidade.
— Com os preços globais dos alimentos em alta histórica, o PAM também está preocupado com o impacto da crise da Ucrânia na segurança alimentar global, especialmente nos pontos mais preocupantes de fome – disse ele, alertando para a “fome colateral” em outros lugares.
Paralelamente a isso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou a uma multidão em estádio em Moscou, capital do seu país. Ele parabenizou os soldados pela luta na Ucrânia afirmando ter como objetivo salvar a nação atacada de “forças neonazistas”.
— A Rússia já tinha feito todo o possível para levantar a Crimeia. Sebastopol criou uma barreira contra os neonazistas, e as pessoas em Donbass também não concordaram com esse governo – discursou.
Oficialmente, o evento foi realizado para marcar os oito anos da anexação da Crimeia pela Rússia.
Apoiadores o ovacionaram com muitas bandeiras russas e cores do país pintadas no rosto, Putin disse ainda que está “salvando a Ucrânia de todo o sofrimento” que o país, segundo ele, vinha passando.
O discurso de Putin foi precedido de shows ao vivo no estádio.
As informações foram publicadas no site G1.
