Movimento popular pelos avanços políticos

A Operação Líbero quer usar uma iniciativa organizacional para forçar o Conselho Federal a novas negociações com a UE. Mas a Suíça não tem tanto tempo para seu referendo.

Não, a Operação Libero ainda não lança uma iniciativa continental. Mas sim, ela apresenta um texto constitucional para o qual a coleta de assinaturas pode ser iniciada a qualquer momento. O Conselho Federal pede um acordo com a UE que garanta a continuação do caminho bilateral e permita novas etapas de integração, como a adesão ao EEE ou à UE.

De acordo com sua própria declaração, a Operação Libero representa uma “mudança no cenário político suíço”[6] e está comprometida com “redes internacionais, liberdade, progresso, estado de direito”. Como movimento político, a Operação Líbero formulou documentos de posicionamento sobre mercado de trabalho, direitos civis, Europa, planos de vida, redistribuição e transporte

O movimento deixa em aberto se e quando a iniciativa será lançada. A ação pretende inicialmente ser um pano de fundo ameaçador para o Parlamento, que esperam uma lei europeia antes das eleições federais. Isso visa libertar o Conselho Federal de sua paralisia da política europeia.

O problema da UE não desaparecerá simplesmente falando, ou seja, negociando.

Mas será a iniciativa um meio adequado para resolver o bloqueio político europeu? As dúvidas são justificadas por vários motivos. As organizações envolvidas não têm uma resposta convincente para a questão relevante.

Se o povo e os cantões disserem sim, o Conselho Federal seria obrigado a retomar imediatamente as negociações com a UE sobre um novo acordo institucional. No entanto, pode-se supor que a UE fará novamente exigências que encontrarão forte resistência na Suíça. É por isso que o projeto de acordo-quadro que já havia sido negociado falhou no ano passado. Esquerdistas e sindicatos lutaram contra o relaxamento da proteção salarial, a classe média rejeitou a adoção da Diretiva dos Cidadãos Sindicais e a solução de disputas entre a UE e a Suíça também foi controversa. Um mandato constitucional que exige negociações imediatas com a UE não elimina essas questões contenciosas.

Para Sanija Ameti, copresidente da Operação Libero, o Conselho Federal, os partidos, os sindicatos e associações empresariais estão tratando a questão não resolvida da UE como um elefante na sala. Esta imagem é sempre usada quando há silêncio sobre um grande problema óbvio para todos, na esperança de que ele desapareça por si só. Mas o problema da UE não desaparece apenas com conversas, ou seja, negociações.

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