A Suíça registrou um novo recorde populacional ao encerrar o ano de 2024 com 9.048.900 habitantes, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Bundesamt für Statistik (BFS), o órgão oficial de estatísticas do país. O crescimento, de 86.600 pessoas em relação a 2023, representa uma alta de 1% na chamada Wohnbevölkerung, ou população residente permanente.
O avanço populacional, embora expressivo, foi mais moderado do que o registrado em 2023 — ano que marcou um pico impulsionado principalmente pela chegada de refugiados ucranianos com o status de proteção S, que passaram a ser contabilizados como residentes permanentes após doze meses no território suíço.
O relatório aponta um cenário demográfico paradoxal: enquanto a imigração desacelerou e a emigração aumentou, todos os cantões suíços apresentaram crescimento populacional. Destaque para Schaffhausen (+1,8%), Friburgo e Valais (ambos com +1,5%). Os menores crescimentos foram observados nos cantões de Ticino e Appenzell Ausserrhoden (+0,3%), além do Jura (+0,4%).
Apesar do crescimento, o país vive um momento de transição demográfica. A taxa de natalidade caiu pelo terceiro ano consecutivo, e o número médio de filhos por mulher atingiu o menor nível já registrado na história suíça. Por outro lado, a taxa de mortalidade manteve-se estável e a expectativa de vida continua aumentando, o que reforça o envelhecimento gradual da população.
Os dados confirmam uma tendência observada em diversas nações europeias: envelhecimento da população nativa, baixa fertilidade e crescimento sustentado pela imigração. Com desafios à vista para políticas públicas nas áreas de saúde, previdência e habitação, o novo balanço do BFS lança luz sobre o futuro demográfico da Suíça — um futuro que será cada vez mais multicultural e urbano.
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