Luzerna pede atenção aos perigos eminentes do aquecimento global

O Conselho Cantonal de Luzerna aprovou um postulado do CVP e do FDP abordando as demandas dos jovens.

O Conselho do Estado de Luzerna declarou na última segunda-feira (24), por conta de um protesto alertando sobre os perigos do aquecimento global, um estado de emergência climática simbólica. Ele reconhece a mitigação das mudanças climáticas e suas consequências como uma tarefa da mais alta prioridade.

Representantes do parlamento estiveram presentes em duas iniciativas que tinham como foco as mudanças climáticas. Rahel Estermann (Grüne-Luzern) exigiu a proclamação do estado de emergência climática. Para os partidos CVP e FDP a proclamação seria explicitamente simbólica.

Os jovens pedem através da demonstração pacifica uma resposta dos representantes regionais, porque a política ignorou por muito tempo as ciências, disse Rahel Estermann. Os manifestantes pedem um sinal de que a política os ouviu e tem planos de intervenção.

Michael Kurmann (CVP) disse que, com a proclamação simbólica de um estado de emergência climática, o Parlamento mostra respeito pelo movimento. Ruedi Amrein (FDP) disse que a iniciativa do CVP e do FDP foi uma contraproposta à dos Verdes. A ecologia é importante, mas também a economia e o social. Termos como “emergência” devem ser tratados negligentemente.

Um sinal para ação

Sara Muff (SP) falou que se justifica proclamar tal estado porque esses atos demonstram a prioridade e a preocupação dos políticos de maneira geral. Michèle Graber (GLP) disse que com o estado de emergência climática, o Parlamento Regional poderia enviar um sinal de comprometimento.

O Conselheiro do Governo, Robert Küng, tende por rejeitar ambas as demandas por um anúncio dessa ordem. Segundo ele, a tarefa do conselho é a política de propriedade. A proclamação de um ato simbólico não é visto como algo a ser tratado pelo governo do Estado. Mesmo assim, o parlamento aprovou o pedido do CVP e do FDP por 87 a 23 votos. O requerimento do Partido Verde para a proclamação da emergência climática também foi recebido.

O estado de emergência climática já havia sido proclamado em vários outros estados. Entre eles no cantão de Vaud, em Basel, em Olten e em Delsberg. A medida também deve ser anunciada no cantão de Zurique e no cantão de Zug. Os parlamentares apresentaram iniciativas correspondentes do lado esquerdo e da direita. Mais de 300 cidades do mundo aderiram à iniciativa global, entre elas: Amsterdam, Londres, São Francisco, Heidelberg, Melbourn, Quebeque, Milão e Catalunha.

O estado de emergência climática envolve a adoção de medidas para reduzir as emissões de carbono a zero dentro de um determinado período de tempo, exercendo pressão política sobre os governos para que eles se conscientizem da atual crise ambiental.

A cidade de Luzerna quer imposto sobre CO₂ em passagens aéreas

O Conselho do Estado também se pronunciou a favor de um aumento significativo de impostos no preço passagens aéreas. Ele enviou uma moção para uma iniciativa cantonal, requerendo um novo imposto sobre as passagens de avião. O parlamento rejeitou uma moção de Andreas Hofer (Grünen) com 69 a 40 votos. Or outro lado, uma moção de Priska Wismer (CVP), no entanto, foi aprovada com 70 a 39 votos.

Enquanto Hofer exigia em vão um imposto sobre o petróleo, Wismer defendeu vigorosamente um imposto sobre as emissões de CO₂ nas passagens aéreas. Com a transferência parcial, o Conselho Cantonal deixou claro que essa taxa deveria ser projetada socialmente. A receita deve, portanto, ser devolvida per capita à população.

Segundo Hofer se o trem para Zurique é duas vezes mais caro que o vôo para Londres,  algo está errado. Os bilhetes aéreos baratos não deverão ser mais possíveis.

Wismer também apontou para um aumento no custo de voar. Um imposto sobre o petróleo depende de tratados internacionais. Além disso, a companhia aérea poderia decidir se e como gostaria de repassar o custo para os clientes. Contra as iniciativas dos partidos estava o conselheiro do governo, Robert Küng. “Isso custaria muito e dificilmente seria notado no Parlamento Federal”.

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