292.000 assinaturas pedindo o fim do lockdown

Com duas petições encaminhadas, os políticos burgueses estão pressionando o Conselho Federal e exigindo uma mudança no rumo da administração-corona: lojas e restaurantes devem reabrir.

Para os linguistas de plantão, o termo burguês aqui não exemplifica os que viviam fora dos burgos, fora da cidade fortificada, sendo considerados cidadãos livres. O burguês aqui mencionado é aquele que no sistema capitalista, membro da classe dominante, detém o controle dos bens de produção e do capital.

Esses políticos estão exigindo uma mudança nas atitudes políticas que enfrentam a crise do corona – e pressionando o Conselho Federal com as suas petições. Quase 300.000 pessoas pedem a abertura imediata de restaurantes e lojas. Também na Suíça, eles tentam colocar a economia na frente da saúde.

“Basta, Conselheiro Federal Berset!” Com este slogan, o presidente do partido SVP Marco Chiesa e representantes de outros partidos expressaram seu descontentamento com a atual política suíça de combate a pandemia.

Berset é o atual ministro do interior. Por muitas vezes também descrito como departamento federal do interior. Parte do Conselho Federal responsável pela planificação de estratégias, logística e gerenciamento que coordena os diversos departamentos do conselho federal suíço.

Marco Chiesa, é presidente do SVP. O partido popular suíço que tem sempre como principal proposta, a redução maciça de imigrantes em território suíço, assim como proibir o islã como religião dentro de suas fronteiras. O partido é rotulado de racista e ultraconservador, pelos próprios suíços.

A crítica geral é dirigida ao conselheiro federal e ministro da Saúde, Alain Berset. Os peticionários queixam-se de que a estratégia do governo falhou. Grupos de empresários, políticos e parte dos suíços pedem que as medidas drásticas sejam interrompidas imediatamente.

A primeira petição quer encerrar o lockdown. Para ser mais preciso, a ação pede a reabertura de restaurantes, bares, lojas, instalações de lazer e centros de esportes. A partir de agora, os pacientes de risco também devem ser protegidos “de acordo com suas necessidades”, consta no documento apresentado. Conforme o texto da petição, as opções de vacinação e testes também devem ser ampliadas. Quase 250.000 pessoas assinaram esta petição. Em suma, eles não querem mais lockdown, não querem se vacinar e nem fazer testes. Como se a pandemia não existisse.

O meio-dia

Cerca de 50.000 outras assinaturas foram coletadas para a petição intitulada “Beizen für Büezer”. Uma tradução do dialeto seria “restaurantes para trabalhadores”. Alguns acreditam que se o restaurante do Palácio Federal se tornar uma cantina durante as sessões dos parlamentares, também deve ser possível para cada restaurante ficar aberto, por um período limitado durante o dia, acreditam os peticionários. Eles alegam que milhares de profissionais das mais diversas áreas, trabalham fora dos escritórios – mesmo no frio de fevereiro (que podem chegar até 15 graus negativos) e precisam realizar as refeições.

Nas últimas semanas, várias petições já foram apresentadas – principalmente por políticos do SVP e do FDP, ambos conservadores e liberais. Em Zurique, uma petição pede o fim da exigência de máscara nas escolas para crianças menores de 12 anos.

Compartilhe!