Devem os pesticidas ser evitados na produção de alimentos? A Suíça decide em breve, por meio de um referendo, se produtos químicos devem continuar a ser aplicados em plantações no país.
Cerca de 20.000 toneladas de pesticidas são vendidas na Suíça todos os anos, alguns dos quais, para uso privado. Os pesticidas podem representar um risco para humanos, animais e as reservas de água. Muitos produtos são suspeitos de serem cancerígenos ou danificar órgãos e nervos. Em lençóis freáticos, eles se tornam um problema para a água potável porque a Suíça obtém 80% de sua água potável dessa maneira.
Acontece em junho, o referendo que pede a proibição do uso de pesticidas sintéticos. Além disso, o projeto inclui a proibição da importação de alimentos produzidos com a ajuda de pesticidas sintéticos. Devem entrar em vigor no máximo dez anos após a adoção da iniciativa popular. Por causa dos contratos em vigor.
Os organizadores afirmam que a iniciativa protege a saúde e a biodiversidade. Pessoas, meio ambiente, animais e plantas sofreriam com os pesticidas. O projeto fortalece a agricultura porque a proibição das importações protege os agricultores suíços. E é favorável aos negócios porque os processos de inovação promovem a pesquisa e são uma oportunidade para as pequenas start-ups.
Quem é contra?
O Conselho Federal e o Parlamento rejeitam a iniciativa. O Conselho Federal declarou que a iniciativa diminuiria o grau de autossuficiência da Suíça. Uma proibição de importação violaria tratados internacionais – especialmente com a UE.
De acordo com um estudo da associação de agricultores, a proibição reduziria os rendimentos entre 20 e 40 por cento. A indústria de exportação também sofrerá com a proibição, dizem os que criticam o referendo. Como os pesticidas também são usados para cumprir as medidas de higiene, a produção ficaria mais cara.
Jornalista