Apesar do aumento nos novos casos de infecção, o Conselho Federal provavelmente não cumprirá a promessa de adotar a política de quarentena.
Durante a época festiva, o Conselho Federal informou várias vezes ao público que estava preparado com um pacote de emergência, reunindo o uso de medidas restritivas, incluindo lockdowns. Agora o governo se encontra para sua primeira reunião ordinária após as férias de Natal essa semana. Os sinais e as falas no palácio federal não apontam medidas restritivas, apesar da onda de omikron e do número recorde de casos.
Pelo contrário, a questão é encurtar ou mesmo abolir a quarentena para pessoas que entram em contacto com infectados. A razão para isso é o alto número de absenteísmo, principalmente em empresas onde não é possível trabalhar de casa.
No final de dezembro, o Departamento Federal de Saúde Pública (FOPH) recomendou que os cantões reduzissem o período de quarentena para pessoas de contato de dez para sete dias. Os cantões seguiram essa recomendação, mas a redução ainda não está indo longe o suficiente, especialmente para a economia. O Conselho Federal vai, portanto, discutir a redução para cinco dias ou até a abolição da quarentena na quarta-feira (12).
Segundo fontes próximas ao Conselho Federal, os conselheiros federais da SVP Ueli Maurer e Guy Parmelin querem solicitar a abolição da quarentena para quem teve contato próximo com uma pessoa, testada positivo.
Regra 2-G provavelmente será estendida
No entanto, resta saber se os dois conselheiros federais da SVP prevalecerão com sua demanda radical. O Conselho Federal pode concordar com um compromisso de cinco dias. Os diretores de saúde do leste da Suíça e a conselheira do governo de Zurique, Natalie Rickli (SVP), apresentaram o pedido correspondente de redução para cinco dias ao Conselho Federal.
Isso também é apoiado pelo fato de que outros cantões estão pressionando para que a quarentena seja encurtada rapidamente. O diretor de saúde de Berna, Pierre-Alain Schnegg (SVP), espera que os cinco dias sejam aplicados a partir da próxima segunda-feira (17). Depois disso, a discussão sobre uma abolição completa deve ser realizada. A redução do tempo de isolamento para aqueles que testaram positivo também está em debate. Hoje, eles têm que se isolar por dez dias.
O pacote de aperto que o Conselho Federal já montou para o caso de agravamento da situação nas unidades de terapia intensiva deve ficar na gaveta. A situação até se acalmou um pouco nos últimos dias. Por outro lado, o Conselho Federal provavelmente proporá aos cantões a extensão da atual regra 2-G para restaurantes e a regra 2-G-Plus para outras áreas internas, onde não é obrigatório sentar ou usar máscara, até o início de março. Estas medidas estão atualmente limitadas ate o dia 24 de janeiro.
O Conselho Federal poderia, no entanto, decidir sobre um possível aperto. O ensino obrigatório a distância para faculdades e universidades está em discussão. O Conselho Federal já havia considerado essa medida em dezembro, mas decidiu contra ela por enquanto. Isso, levando em consideração que o semestre não começa até meados de fevereiro.
Jornalista