Festas de Boris Johnson, premiê britânico, viram caso de polícia

O clima não anda nada bom para o premiê britânico, Boris Johnson. Seu cargo, inclusive, está por um fio. A Polícia Metropolitana de Londres anunciou uma investigação sobre as várias festas realizadas em Downing Street e outras dependências do governo nos últimos dois anos, que configuraram violações das regras de confinamento por segurança em virtude da pandemia de Covid-19. O chefe de governo prometeu cooperar plenamente com a investigação.

Recentemente, passou pela humilhação de ter que pedir desculpas à rainha Elizabeth II por celebrar duas festas com música e bebida na véspera do enterro do marido da soberana, Philip, e em pleno confinamento em abril de 2021, Downing Street deve passar agora por uma investigação da Scotland Yard.

Johnson “e todos os que forem procurados cooperarão plenamente em tudo que for solicitado”, prometeu um porta-voz do governo depois que a chefe de polícia, Cressida Dick, anunciou a abertura de investigações sobre “possíveis infrações das normas sobre a covid-19” nas dependências do Executivo.

— Acho que isso dará à opinião pública a clareza necessária e ajudará a traçar uma linha sobre a questão – disse o próprio primeiro-ministro, mais tarde, durante uma aparição parlamentar.

Da oposição trabalhista, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, ressaltou que “os cidadãos esperam, com razão, que a polícia defenda a lei, sem medo ou favorecimentos, independente de quem afeta”. A Scotland Yard foi muito criticada por não investigar retroativamente supostas infrações das regras anticovid. Também foi acusada de fechar os olhos para as evidências de várias festas celebradas em Downing Street, onde ficam o escritório e a residência oficial de Johnson.

As informações foram publicadas no jornal Correio Braziliense.

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